terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mais de 27% dos portugueses em risco de pobreza ou exclusão social

O risco de pobreza ou exclusão social aumentou na União Europeia (UE) atingindo 122,65 milhões de pessoas, o que corresponde a 24,5% da população, de acordo com os dados do Eurostat divulgados esta terça-feira, 4 de Novembro. Estes dados referem-se a 2013 e comparam com 2008, ano em que o número de pessoas nesta situação era de 116,58 milhões, o que correspondia a 23,8% da população. Ou seja, em cinco anos o número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social cresceu 5,2%.
 Portugal tinha, no ano passado, 2,88 milhões de pessoas nesta situação, o que corresponde a 27,4% da população. Em 2008, o número era de 2,76 milhões, o que representava 26,0%. Em Portugal o número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social aumentou 4,3%.

Entre os 28 Estados-membro da UE apenas cinco viram diminuir o número e a percentagem de pessoas nesta situação: República Checa, Áustria, Polónia, Roménia e Eslováquia. Sendo que para a Irlanda não existem dados para 2013. Na Bélgica a percentagem de pessoas nesta situação estabilizou nos 20,8%.
 O país com a taxa mais baixa é a República Checa, com 14,6% da população em risco de pobreza ou em risco de exclusão. Do lado oposto está a Bulgária, com uma taxa de 48,0%.

A percentagem de pessoas severamente privadas de alguns bens materiais, em Portugal, passou de 9,7% para 10,9%, no período em análise. A média europeia passou de 8,5% para 9,6% da população.

Para serem incluídas nesta situação as pessoas têm de cumprir, pelo menos, quatro das seguintes questões: não conseguir 1 – pagar a renda/empréstimo ou contas da luz a tempo; 2 – manter a casa adequadamente quente; 3 – enfrentar despesas inesperadas; 4 – comer carne, peixe ou uma proteína equivalente a cada dois dias; 5 – ter uma semana de férias fora de casa; 6 – ter carro; 7 – ter máquina de lavar; 8 – ter televisão a cores; ou 9 – ter um telefone (incluindo telemóvel).
 O relatório, publicado esta terça-feira, releva ainda que a percentagem de pessoas com uma intensidade de trabalho muito baixa disparou em Portugal, passando de 6,3% da população em 2008 para 12,2% no ano passado. O Eurostat explica que incluem-se neste item os adultos, entre os 18 e 59 anos que trabalharam menos de 20% do potencial no último ano, excluindo estudantes. 

Fonte:http://www.msn.com/pt-pt/noticias/other/mais-de-27percent-dos-portugueses-em-risco-de-pobreza-ou-exclus%C3%A3o-social/ar-BBcV2Cq

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