Um relatório do Banco de Portugal dá conta de uma situação preocupante no setor do turismo. De acordo com o Diário de Notícias, que cita o referido documento, as micro e Pequenas e Médias Empresas não ganham o suficiente para fazer face aos juros das dívidas que acumulam.
O cenário do setor do turismo retratado num relatório do Banco de Portugal não é animador. De acordo com o Diário de Notícias, que teve acesso a esse documento, no ano passado o setor turístico cresceu, tanto em volume de negócios como em número de empresas e de pessoas empregadas.
Mas as boas notícias ficam por aqui. Apesar deste crescimento, a verdade é que 55% destas empresas não conseguiram, em 2013, arrecadar dinheiro suficiente para pagar os juros das dívidas que contraíram.
Olhando especificamente para o alojamento e restauração, a percentagem de empresas incapazes de fazer face aos juros das dívidas sobe para 62%.
Apesar de o volume de negócios e do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) terem crescido 3% e 18%, respetivamente, “metade das empresas de turismo teve um resultado operacional negativo”.
De acordo com o mesmo relatório, citado hoje pelo DN, esta situação prende-se com o facto de existir uma “elevada dependência de capital alheio para financiamento da atividade”.
A grande fatia da dívida destas empresas (55%) está relacionada com empréstimos bancários, sendo que são as micro e as Pequenas e Médias Empresas que lideram na hora de contrair empréstimos (62%).
Para a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) estes números justificam-se com o “aumento do IVA, de 13% para 23%, que aniquilou a rentabilidade, que já era escassa”.
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