Língua materna
(também língua nativa) é a primeira língua que uma criança aprende e que
geralmente corresponde ao grupo étnico-linguístico com que o indivíduo se
identifica culturalmente. Por exemplo, uma criança descendente de portugueses
mais facilmente irá adoptar a língua que os seus pais utilizam devido às suas
origens. Em certos casos, quando a criança é educada por pais (ou outras
pessoas) que falem línguas diferentes, é possível adquirir o domínio de duas
línguas simultaneamente, cada uma delas podendo ser considerada língua materna,
configura-se então uma situação de bilinguismo.
A expressão língua materna provém do
costume em que as mães eram as únicas a educar os seus filhos na primeira
infância, fazendo com que a língua da mãe seja a primeira a ser assimilada pela
criança, condicionando seu aparelho fonador
àquele sistema linguístico.A aquisição da língua materna ocorre em várias fases. Inicialmente, a criança regista
literalmente os fonemas e as entonações da língua, sem ainda ser capaz de os reproduzir. Em seguida, começa a produzir sons e entonações até que seu aparelho fonador permita-lhe a articular palavras e organizar frases, assimilando contemporaneamente o léxico. A sintaxe e a gramática são integradas paulatinamente dentro deste processo de aprendizagem.
Países africanos com a Língua Portuguesa como idioma
oficial
Angola: Estimativas indicam que 70% da população fale uma das línguas nativas como primeira ou segunda
língua, porém é o Português a língua oficial da Angola. Além dele, Angola
possui em torno de 11 grupos linguísticos principais, que são divididos em
cerca de 126 dialetos. O português acabou facilitando a comunicação entre estes
grupos, e sofreu algumas modificações dando origem aos chamados crioulos, uma
mistura entre o português europeu e as línguas nativas, denominados
popularmente como pequeno português.
Cabo Verde: O português como língua oficial é utilizado em documentações oficiais e
administrativas, nos meios de comunicação e na escolarização. Nos demais
contextos de comunicação utiliza-se o cabo-verdiano, uma mesclagem entre o
português arcaico e as línguas africanas. Este crioulo divide-se em dois
dialetos, o das ilhas Barlavento e o das ilhas Sotavento (norte e sul,
respetivamente)
Guiné-Bissau: O crioulo falado em Guiné-Bissau possui dois dialetos, um em Bissau, e
outro em Cacheu, ao norte. O Português, no entanto, não é considerado língua materna,
já que menos de 15% da população tem o domínio da língua portuguesa.
Moçambique: Lá o português tem o status de língua oficial, e é falado como segunda
língua por uma parte da população. A grande maioria das pessoas que tem o
português como língua materna mora nas áreas urbanas. De modo geral, na maior
parte do país, a população fala línguas do grupo bantu.
São Tomé e Príncipe: Além do português, em São Tomé são faladas línguas locais, tais quais, o
forro, o angolar, o tonga e o monco. Em Príncipe, fala-se o monco ou
principense, um outro crioulo de base portuguesa, mas com acréscimos de línguas
indo-européias. O crioulo cabo-verdiano também é bastante falado nas duas
ilhas, tendo sido trazido ao país no século XX por milhares de emigrantes
cabo-verdianos. O português utilizado nestas ilhas possui traços do português
arcaico, tanto na pronúncia, quanto na norma escrita. Este é o português falado
popularmente, enquanto que por políticos e pela alta sociedade, é utilizado o
português europeu.
pt.wikipedia.org/wiki/Língua_portuguesa
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