O Tribunal Arbitral estabeleceu para hoje,
no Porto, serviços mínimos para as linhas dos autocarros 200, 204, 205, 305,
600, 701, 704, 800 e 903.
A adesão à greve dos trabalhadores da Sociedade dos Transportes Coletivos do
Porto é total, não circulando autocarros no Grande Porto, disse hoje à Lusa
fonte sindical.
Segundo Jorge Costa, do Sindicato Nacional dos Motoristas, hoje "é um grande
dia de luta" para os trabalhadores, que com esta adesão de 100% demonstram o
"descontentamento generalizado relativamente à eventual subconcessão da
empresa".
Os trabalhadores da STCP estão hoje em greve, depois de na segunda-feira
terem já cumprido uma paralisação em dia feriado, mas cuja adesão "foi fraca",
em defesa da empresa pública, que se "encontra ameaçada pelo processo de
subconcessão", alegam os sindicatos do setor.
Jorge Costa referiu que as Organizações Representativas dos Trabalhadores
(ORT) desconhecem o processo de subconcessão da empresa, cujo prazo para entrega
de propostas no âmbito do concurso público termina hoje.
"Até ao último dia do concurso não conhecemos nada deste processo. Não
conhecemos o caderno de encargos, desconhecemos se há concorrentes e o que quer
a tutela e a administração da STCP", frisou.
O sindicalista afirmou que, apesar de existir um piquete de greve, "tudo
correu até agora dentro da normalidade".
Jorge Costa disse ainda ter a expectativa de que "a adesão será ser total até
ao final da greve".
Na sua página na internet, a STCP admite a "ocorrência de perturbações no seu
serviço" de hoje, e até às 02:00 de terça-feira, devido à greve.
O tribunal Arbitral estabeleceu para hoje serviços mínimos para as linhas
200, 204, 205, 305, 600, 701, 704, 800 e 903.
As obrigações mínimas estabelecidas incluem ainda o serviço noturno nas
linhas 501, 702, 801, 901 e 906, bem como o serviço de madrugada para as linhas
1M, 4M, 7M, 10M e 13M.
Nesta paralisação os trabalhadores pretendem ainda chamar a atenção para o
incumprimento dos serviços previstos diariamente por falta de motoristas,
adiantando que há largos meses que dezenas de serviços ficam diariamente por
fazer, "o que equivale a 17 dias de greve integrais promovidos pelo conselho de
administração com a cobertura do Governo".
A Comissão de Trabalhadores da STCP considera que este incumprimento de
serviços -- que se deve à falta de efetivos, nomeadamente nas funções de
motorista - põe em causa a mobilidade das populações na área urbana do Porto e
deve-se à falta de efetivos, nomeadamente nas funções de motorista.
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