Em três anos, taxa de atividade empreendedora subiu cerca de 86%, diz o estudo Global Entrepreneurship Monitor, promovido pelo ISCTE e pela Sociedade Portuguesa de Inovação.
Em 2013, oito em cada cem portugueses eram proprietários de uma empresa nascente – com menos de três meses de vida – ou nova – entre três meses e três anos e meio, diz o Global Entrepreneurship Monitor, promovido pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) e a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI). A taxa de atividade empreendedora fixou-se assim em 8,2%, mais cerca de 86% do que tinha sido registado em 2010 (4,4%).
De acordo com a nota de imprensa enviada pelas instituições, esta subida tem acompanhado o aumento da taxa de desemprego. “Assume-se, portanto, sem surpresa, que a escassez de emprego dependente tem motivado os portugueses a tornarem-se empreendedores“, lê-se no comunicado.
A qualidade das infraestruturas físicas e dos serviços profissionais a empresas têm um impacto positivo na capacidade do país em fomentar o nascimento de novos negócios, de acordo com os peritos consultados durante o estudo. Contudo, ainda há entraves: “as normais sociais e culturais vigentes no país são um detrimento à atividade empreendedora”, lê-se.
O Global Entrepreneurship Monitor é uma avaliação periódica da atividade empreendedora, que analisa aspirações e dificuldades dos indivíduos em mais de 70 países, englobando 75% da população mundial e 89% do PIB mundial. É o maior estudo internacional sobre dinâmicas empreendedoras.
Em Portugal, a elaboração deste relatório implicou a recolha de dados de duas fontes principais: uma sondagem à população adulta, junto de 2003 indivíduos, entre os 18 e 64 anos, residentes em Portugal continental, e uma consulta a 37 especialistas portugueses ligados ao empreendedorismo, como líderes do sistema financeiro, responsáveis governamentais, entre outros.
fonte: http://observador.pt/2014/12/03/ha-cada-vez-mais-portugueses-a-lancar-empresas-diz-estudo/
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