Mulheres continuam a encontrar mais obstáculos à progressão na carreira
Mais de 680 mil mulheres de 28 países responderam e o estudo concluiu: a igualdade de género em lugares de topo não é e ainda está longe de ser uma realidade. E a situação deve manter-se nos próximos 10 anos.
As mulheres continuam a encontrar mais obstáculos à progressão na carreira e a igualdade de género em lugares de topo ainda não é uma realidade, alerta um estudo da consultora Mercer, divulgado hoje, 3 de dezembro.
As mulheres “continuam a estar subrepresentadas em lugares” e, apesar dos “esforços para promover a igualdade de género”, os resultados ainda não são “significativos”, conclui o estudo global “When women thrive, businesses thrive” (Quando as mulheres prosperam, os negócios prosperam), no qual a Mercer contou com a colaboração da EDGE Certified Foundation, responsável pela única certificação empresarial global para a igualdade de género nas organizações.
O estudo analisou dados sobre o mundo laboral e inquiriu pessoas, incluindo 680 mil mulheres, em 28 países, com o objetivo de identificar como é que as organizações podem efetivamente promover a igualdade de género no trabalho.A opinião da maioria dos inquiridos é a de que, “se as abordagens atuais se mantiverem, apenas um terço das posições executivas serão ocupadas por mulheres nos próximos dez anos”.De acordo com o estudo da Mercer, que avalia, a nível global, o impacto da política seguida pelas organizações para a representação das mulheres e respetiva progressão na carreira, “as empresas ainda se encontram longe de uma situação de igualdade”.Em economias fortes, como as de Estados Unidos e Canadá, “apenas um quarto das mulheres” deverão desempenhar funções executivas em 2024, uma situação idêntica à de hoje. Já nos países em desenvolvimento, a representação feminina deverá crescer “mais rapidamente”, compara o estudo.Embora atualmente as mulheres representem 41% da força laboral no mundo, a maioria “exerce funções de apoio e suporte a equipas”, com “apenas 26%” a ocuparem “posições como gestoras seniores” e menos ainda, “19%, como executivas”.O estudo reconhece que as iniciativas para promover a igualdade de género adotadas nas últimas duas décadas “tiveram resultados positivos”, nomeadamente promovendo uma maior visibilidade e uma maior participação das mulheres.Porém, em “apenas pouco mais de metade” das organizações inquiridas, os líderes executivos seniores são envolvidos em programas de diversidade e inclusão.Ora, destaca o estudo, está provado que este “envolvimento ativo de líderes seniores na promoção da igualdade de género conduz a uma maior e mais rápida representação das mulheres em funções executivas”.Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/vida-e-carreira/em-foco/artigos/mulheres-continuam-a-encontrar-mais-obstaculos-a-progressao-na-carreira
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