Sem medos. É desta forma que SM vive há 40 anos. Segundo The Washington Post, esta mulher, cuja identidade se mantém reservada, está a ser meticulosamente analisada por cientistas que tentam descobrir o que leva a que nunca tenha sentido um dos principais instintos: o medo.
“O que é o medo”, perguntam. SM apenas consegue dar uma resposta: “não faço ideia”. É assim que esta mulher na casa dos 40 anos vive. Sem medos, sem medo do que seja.
O The Washington Post dá a conhecer a história desta mulher cuja identidade continua por revelar e que os cientistas, entre eles o neurocirurgião António Damásio, estudam desde tenra idade, quando percebeu que vivia sem sentir medo do que fosse.
Até hoje, o pouco que se sabe sobre este caso está publicado em artigos científicos, que, aos poucos, tentam explicar a sua condição: doença de Urbach-Wieth, que afeta apenas 400 pessoas em todo o mundo. Esta doença, lê-se no The Washington Post, é provocada por alterações na estrutura cerebral chamada amígdala, responsável pela sensação de medo.
Mãe de três filhos, SM não consegue sequer identificar situações e expressões de medo. O medo é-lhe completamente estranho, seja face ao que for. Sempre que tenta imaginar o medo, nada lhe ocorre, nem na mente, nem no papel, quando tenta desenhar como seria ter esse sentimento.
“Gostava de saber como é, como é realmente sentir medo de algo”, disse a mulher que concedeu, há dias, mesmo sob anonimato, a sua primeira entrevista.
Viver sem medo é um risco, um risco que SM sabe que existe, mas que não sente. E por duas vezes já teve uma faca apontada a si. Nessas duas vezes apenas disse: “Avance!”. Em nenhuma das situações sentiu a necessidade de chamar a polícia, de gritar, de pedir socorro. Afinal, é uma ‘supermulher’ que nada teme.
Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/mundo/336834/e-se-nunca-tivesse-medo-esta-mulher-nunca-teve
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